Futebol de Artigas
RE, 28/12/16
O Defensor (violeta ou doble chapa), há 8 anos atrás foi negociado com o desportista quaraiense Breno Severo Ponte e a partir daí começou a fazer parte do futebol de nossa cidade sem muita divulgação por ser um clube artiguense vinculado a Liga de Futebol da vizinha cidade. Mas desde a aquisição da entidade por um quaraiense ele passou a ser conhecido no meio futebolístico de Artigas como um time brasileiro por ser integrado por quaraienses e hoje já tem muitos torcedores de nossa cidade.
O clube tem uma diretoria formada por quaraienses, mas a formação da equipe que antes tinha um plantel com 100% de brasileiros, nesta temporada teve 25% de jogadores uruguaios e com isso recebeu o apelido de “Doble Chapa”.
Sua história
Segundo informações de pessoas com mais vivencia no futebol de Artigas, o Defensor surgiu do Club Garzón do Regimento da vizinha cidade, que na época passou a se chamar Gral Garzón e o Garzón passou a se chamar Defensor vindo a se localizar no bairro Rampla.
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| Graffigna (ao centro) |
Anos depois de sua fundação o Defensor Artigas foi repassado para o já falecido Colchón Martinez que negociou o clube com o Sr. Olim. No ano de 2008, o clube passou a pertencer ao desportista quaraiense Breno Ponte. Breno já estava a anos envolvido com o futebol artiguense, pois, por sete anos participou da Liga Infantil do Futebol de Artigas com o Jaraú que encerrou suas atividades em 2000. Antes de assumir o Defensor, Breno fez parte do C. A. Fénix.
Hoje o clube violeta se chama Defensor Sporting Club Artigas/Quaraí e está radicado em nossa cidade onde faz a sua preparação para os campeonatos da Liga de Futebol de Artigas.
A trajetória de 2008 até hoje
2008 - Ficou em 5º na Liguilla - Na 1ª fase foi 5º com 5 vitórias, 2 empates e 3 derrotas;
2009 - No desempate com o S. Miguel ficou de fora da Liguilla - Na 1ª fase a campanha foi a mesma de 2008;
2010 - Ficou em 8º na 1ª fase com apenas 2 vitorias, 2 empates e 3 derrotas nos 7 jogos disputados. Como o regulamento foi alterado, os dois primeiros colocados tiveram os ascensos e fizeram a final anual, as três últimas rodadas da fase foram suspensas;
2011 - Uma das melhores campanhas do clube na B antes da campanha do título. Ficou em 2º na Liguilla com 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota, um ponto atrás do Centenario que sagrou-se campeão, mas perdeu o jogo desempate para o Artigas e a chance de decidir a segunda vaga contra o Progreso que ficou com Ascenso. Na 1ª fase foi 5º com 5 vitórias, 3 empates e 2 derrotas;
2012 - Uma das duas piores campanhas. Ficou em 9º na 1ª fase com apenas 1 vitória, 4 empates e 5 derrotas (2 por W.O e uma por 10 x 0).
2013 - A pior campanha. Ficou em penúltimo com 1 vitória, 1 empate e 8 derrotas. Não entrou em campo nas duas últimas rodadas perdendo por W.O. O clube esteve para ser negociado.
2014 - Foi o começo da reestruturação do time. Por fim mais uma grande campanha do clube na B. Ficou em 2º na Liguilla com 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota, no jogo desempate contra o Nacional venceu nos pênaltis por 5 x 3 e decidiu o 2º Ascenso contra o Chaná que tinha ganho a 1ª fase, perdendo a vaga por 1 x 0. Na 1ª fase foi 4º com 3 vitórias, 5 empates e 2 derrotas (uma foi os pontos retirados na vitória contra o mesmo Chaná por inscrição irregular de jogador). Com o técnico bajeense Nei Ferraz, foi da água para o vinho. Foi uma das melhores participações do clube que quase ascendeu.
2015 - Voltou a fazer uma péssima campanha, mas foi beneficiado pelo regulamento, passando de fase. Ficou em 9º na 1ª fase junto em pontos com o Nacional com 3 vitórias, 2 empates e 5 derrotas. Como se classificavam para a Liguilla os 9 primeiros classificados, fez um jogo desempate contra o Nacional e venceu por 3 x 0. Na liguilla ficou em último no seu grupo sem marcar pontos. Foi um campeonato atípico, fazia boa campanha até a 8ª rodada, sendo apontado como um dos candidatos a subir. Vinha de três vitorias e um empate até a derrota para o Artigas na 9ª rodada e o técnico Nei Ferraz entregou o comando do time.
2016 - Foi o ano da glória. A melhor campanha na divisional. Ficou em 3º na 1ª fase com 5 vitórias, 2 empates e 3 derrotas (em 2 jogos faltou o artilheiro Rafael Refatti). Poderia se lamentar na derrota para Rampla de virada com a falta de sorte do goleiro Rogério neste encontro, para Progreso e San Miguel (na estreia) no diminuto campo do Rampla, muito reclamado pelos clubes. Ainda teve os empates contra o Frontera 1 x 1 com o lateral Rodrigo Verón de goleiro e contra Artigas outro 1 x 1 na última rodada com o time já sem qualquer chance na fase inicial.
Na fase quente na série de 6 equipes, teve 100% de aproveitamento com 5 vitórias nos 5 jogos.
Na decisão do 2º campeonato e do campeonato venceu o Rampla por 3 x 1 e ficou com o inédito título de Campeão da Divisional B. Teve Rafael Refatti como artilheiro com 19 gols marcados, o Melhor Ataque com 40 gols marcados e a 4ª melhor defesa com 17 gols sofridos.
Assim foi a trajetória do clube violeta em seus 8 anos de dupla nacionalidade. Esperamos agora formar um grupo em condições de fazer um grande campeonato na 1ª Divisão em 2017.
O Defensor é o segundo clube de Quaraí campeão em campeonato oficial da Liga de futebol da cidade de Artigas.
O Novo Quarahy do bairro Saladeiro foi o primeiro clube quaraiense a ser campeão em Artigas (entre os anos de 1913 e 1917), foi pentacampeão da Liga Departamental de Football de Artigas formada por San Eugenio F.C., Uruguay F.C. e Ferrocarril F.C. além do time quaraiense. Entre os jogadores deste time fez parte Eduardo “Rata” Rios, nascido em nossa cidade, filho de espanhóis que vieram trabalhar no Saladeiro, que com 16 anos foi campeão artiguense. Rata é pai de Eduardo Casemiro “Teté” Rios, um dos ídolos do decano San Eugenio F.C. nas décadas de 70 e 80, com muitos títulos pelo clube e seleção de Artigas.
O que aconteceu em 2016, se cobrava há três anos atrás. O que estava faltando para o time deslanchar, a estruturação do futebol, a formação de uma diretoria atuante, oportunidade para os jovens jogadores, acréscimo de jogadores uruguaios e a torcida para ajudar o time nos momentos de dificuldades nos jogos.
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| Em dezembro do ano que passou a diretoria começou a organizar a temporada deste ano (RE) |
Com ele veio jogadores importantes principalmente o experiente Carlitos Correa jogador que tirou a vaga dos violetas em 2014, o volante Luís Trindade ex-Independencia, Juan Gimenez (emprestado pelo San Miguel). O clube também buscou a promessa Everton Brites que pertence ao Frontera, jogador habilidoso com muita garra em campo, junto a ele veio o experiente Márcio Pica-pau que ajudou bastante na parte defensiva campanha da 1ª fase.
O toque final em qualidade veio com o futebol do artilheiro Rafael Refatti, experiente ex-jogador profissional, centro avante de 1,90 mts que esteve no profissionalismo até 2013, com passagens por muitos clubes brasileiros e do exterior (começou nas categorias de base do Grêmio Portoalegrense em 1997 e foi para o profissional em 1998 no 15 de Novembro-RS, depois Rentistas-URU, Frontera Rivera-URU, Reggiana - Itália, Racing-URU, Tacuarembó-URU, Pistoiese - Itália, Trento - Itália, LDU Portoviejo - Equador, Chioggia - Itália, LDU de Loja - Equador, Cervia - Itália, Tacuarembó-URU, Gremio Barueri e Pelotas-RS entre outros). Refatti foi o artilheiro da competição com 19 gols marcados em 13 jogos. 
O clube completou sua formação a partir da 9ª rodada com o acréscimo do meia artiguense Wilington Javier Camejo Calfani, jogador profissional que saiu em 2011 da base do Peñarol de Montevideo para o Pelotas, teve passagem por Brasil de Pelotas, São Paulo-RS, Farroupilha, Tupi-RS, Panambi e no princípio deste ano na Portuguesa do Rio de Janeiro. Calfani foi convocado para a Seleção de Artigas que disputará o Litoral Norte a partir do mês de janeiro de 2017.
Esses jogadores juntaram-se aos remanescentes da base formada na passagem do experiente treinador bajeense Nei Ferraz nos anos de 2014 e 2015, como: o goleiro Rogério Silveira, os laterais Nairo, Ronaldo, Verón e Eliandro, os zagueiros, Sanderlei (carreira profissional em Bagé), Eberson, Victor Benitez, os volantes Lucio e Samuka Ximenes, os meias Alan Vargas e Rafael Guedes e os atacantes Diego Dorneles e Eder Baltasar. Formou-se assim, um grupo vencedor que apesar da queda de rendimento no final da primeira fase, a união do time foi fundamental na campanha da reta final que deu o título aos violetas.
O violeta tem desde 2015 a colaboração de alguns empresários da cidade que fornecem a infraestrutura necessária para o bom desempenho do time na competição.
O clube agradece a parceria dos empresários Tiago Rampelotto e Gabrieli Irrigaray Bohrs da AERONORTE AVIACIÓN AGRICOLA, Carlos Alberto Brandão Maciel da BETO MULTIMARCAS e Murillinho da CABANHA SENZALA. Também deixa um agradecimento especial ao Prefeito Ricardo Gadret e a Secretaria de Desporto e Lazer.
O Defensor apostou muito na atual temporada e jogo a jogo foi buscando os meios para atingir os seus objetivos. No final foi coroado com seu primeiro titulo na Liga de Futebol de Artigas e no próximo ano vai atrás de mais feitos inéditos.
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