RE, 15/05/2014
Os resultados na reta final da Copa Libertadores onde os grandes clubes, cotados para levar o título de melhor da América, foram caindo para clubes de menor expressão, está mostrando que hoje o futebol jogado dentro de campo tem a ver com boas estratégias e esquemas de jogo, treinadores com o time na mão, onde o destaque é o conjunto e a entrega dos jogadores em campo, superando até a técnica e ao craque.O poderio dos clubes brasileiros, que montaram times com jogadores de renome no cenário internacional e com altos salários, almejando o titulo da América, de nada adiantou.
Você vê um San Lorenzo, está certo que é o atual campeão argentino, mas é um clube do porte médio ao baixo onde seu principal jogador, Piatti, recebe um salário de R$ 79.800 e o jovem atacante Correa, 19 anos, negociado com o Atlético de Madri, quando subiu para o profissional no final de 2012, recebia R$ 3.100, salário comum na categoria sub-17 dos grandes clubes do Brasil, esse time eliminou na primeira fase o Botafogo, 4º colocado no ultimo brasileirão, nas oitavas o Grêmio, vice-campeão e ontem foi à vez do Cruzeiro, atual campeão brasileiro.
O pior desempenho dos brasileiros desde 1991 na libertadores, começou com a eliminação de Flamengo, Botafogo e Atlético Paranaense na fase de grupos.
Os paranaenses, 5º colocados no ultimo brasileirão e que se classificou na pré-libertadores, foi eliminado em um grupo que o clube mais forte era o Vélez da Argentina, um dos mais cotados para estar na final e que caiu na 2ª fase, o Flamengo atual campeão da Copa do Brasil não passou em um grupo onde tinha 100% de chances de classificação, um grupo relativamente para não dizer totalmente fácil.
Por ultimo o atual campeão da Libertadores, Atlético Mineiro, clube que todo mundo apostava que chegaria à fase decisiva para não dizer na final, foi eliminado nas oitavas e em casa, quando tinha muitas chances de reverter o resultado da derrota no jogo de ida contra o Nacional de Medellín, jogava em um estádio onde seu torcedor foi fundamental no titulo da Libertadores 2013, não passou de um empate em 1x1 e deu adeus ao sonho do Bi.
Eu vejo o futebol argentino em alta, embora Vélez, Newell’s, Lanús e Arsenal terem ficado pelo caminho na libertadores, tem no San Lorenzo um time com um futebol interessante, um time que não ataca muito, mas que possui uma saída de bola rápida quando necessário, um time que constrói caminhos estreitos à vitória, embora não faça muitos gols. No futebol, nem sempre tática e talento falam mais alto que jogar com o coração, com vontade.
Será que a Argentina não vai surpreender na Copa? Os esquemas de jogo dos treinadores argentinos são uma arapuca, uma defesa bem estruturada, meio de campo com posse de bola e contra ataques rápidos. O exemplo está no Atlético de Madri, que tem em seu técnico, Diego Simeoni, seu principal trunfo, comanda um time de guerreiros que buscam a vitória até o apito final. O seu modelo de jogo não fica longe do que é usado por Bauza no San Lorenzo, um estilo argentino de jogar.
Além de bons técnicos, os argentinos têm excelentes jogadores, desiquilibram e estão em alta a dias do inicio do maior evento do futebol mundial.
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